Abre alas, pois o Bloco das bruxas vai passar
Quando cheguei morar em Coqueiros, na década de 2000, estava chegando o carnaval. E para minha surpresa, havia uma efeverscência carnavalesca em toda a nossa orla. Já, de cara, no primeiro ano e nos anos seguintes, curti os folguedos momescos na região da cidade que havia escolhido para viver.
No Bolhas, a turma se encontrava para se divertir no bloco Alzheimer, liderado pela Loiva e pelo Paulinho Rocha e mais uma turma boa. O slogan do grupo era o melhor possível: “se não lembro é porque não fiz”. O bloco se reunião no domingo à tarde, com muita festa e alegria.
Da praça, próximo ao posto da Polícia Militar, saía o bloco da Bernunça percorrendo a avenida Desembargador Pedro Silva, arrastando uma turma de foliões atrás da tradicional figura folclórica do nosso litoral. Em Itaguaçu, próximo ao bar das Pedras, também havia folia e no Abraão, a Associação dos Moradores colocava seu bloco na rua.
Com a chegada da pandemia, que graças a Deus já foi embora, o carnaval parou. Neste ano, os grandes eventos no centro da cidade voltaram, mas por aqui onde ocorreu, ainda foram tímidos. Mas, a pandemia passou e para o próximo ano é hora de tirar a fantasia do fundo do armário. E também, para quem quiser, sair do armário.
Pensando nisso, um grupo de amigos moradores de Coqueiros, que curte carnaval está começando a se mexer para fazer uma festa momesca na nossa orla. Ainda não existem muitos foliões, mas já tem nome: Bloco das Bruxas.
Já que vivemos na região onde, segundo Franklin Cascaes, ocorreu o grande e histórico baile das bruxas (que foram transformadas em pedras pelo capeta), nada mais justo do que o carnaval fazer essa homenagem.
Vamos esperar pelas nossas bruxas carnavalescas. Ideia para fantasias é que não vão faltar.
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