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  • Ori Boteco

Como é difícil pedir ajuda

28 de maio de 2023
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A pandemia de COVID-19 afetou diferentes aspectos de nossas vidas e exigiu uma mudança de postura em relação à ciência e à saúde mental. Dois temas fundamentais, que precisam ter uma abordagem humanizada.

Um ponto crucial é a dificuldade de se pedir ajuda. O isolamento social exacerbou fatores de estresse, mas muitos ainda relutam em buscar apoio para enfrentar esses desafios.

Especificamente em relação à saúde mental, muitas pessoas têm a tendência de boicotarem a si mesmas. Frequentemente, nos colocamos em situações que sabemos não serem saudáveis, como o uso excessivo de substâncias, a falta de sono adequado, a procrastinação crônica ou relacionamentos tóxicos. Esses comportamentos podem ter um impacto negativo significativo em nossa saúde mental e física, mas mesmo assim persistimos neles.


Os neuro cientistas estão trabalhando diligentemente para entender por que isso ocorre e como podemos superar esses padrões autodestrutivos. Uma chave importante para superá-los é a prática da autocompaixão.

Muitas vezes, somos os nossos piores críticos e nos punimos por nossos erros em vez de nos tratarmos com gentileza. Ao praticar a auto compaixão, podemos nos perdoar por equívocos passados e encontrar a motivação necessária para fazer mudanças positivas em nossas vidas.

Este grupo de estudiosos estão empenhados em encontrar maneiras de ajudar as pessoas a desenvolver resiliência emocional, ou seja, a capacidade de lidar com o estresse e a adversidade de forma saudável e eficaz. Isso inclui aprender habilidades de resolução de problemas, desenvolver uma rede de apoio social e encontrar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como praticar exercícios físicos, meditação ou outras formas de autocuidado.

É importante reconhecer que a mudança de atitudes em relação à saúde mental é um processo contínuo. Não existe uma solução rápida ou única para superar nossos padrões de comportamento autodestrutivo.
Talvez uma das pedras em nosso caminho para buscar apoio é o preconceito social, que muitas vezes tacha quem precisa de ajuda de “maluco”.

Para ilustrar esses conceitos, vejamos alguns exemplos:

1- Maria é uma mulher que lutou contra a depressão por muitos anos. Ela sabia que precisava de ajuda, mas sentia-se envergonhada e com medo de ser julgada. Eventualmente, ela decidiu procurar um psicólogo e começou a trabalhar em sua saúde mental. Através desse processo, Maria aprendeu a praticar a autocompaixão, perdoando-se por suas lutas e erros passados. Ela também desenvolveu resiliência emocional, aprendendo a lidar com o estresse e a adversidade de forma mais saudável. Além disso, Maria encontrou um grupo de apoio composto por outras mulheres que enfrentavam situações semelhantes, o que a ajudou a sentir-se menos isolada e mais motivada a continuar seu processo de cura.

2 – Ana é uma jovem que sofria de ansiedade e ataques de pânico. Ela sentia-se aprisionada em seus próprios pensamentos e tinha dificuldade em realizar tarefas simples, como sair de casa ou conversar com outras pessoas. Ana decidiu buscar ajuda de um psiquiatra e começou a trabalhar suas habilidades de resolução de problemas. Além disso, ela começou a praticar a meditação e o yoga, o que a ajudou a acalmar sua mente e lidar melhor com o estresse. Com o tempo, Ana tornou-se mais confiante e começou a sair mais de casa e a se conectar com outras pessoas, superando os desafios que antes pareciam insuperáveis.

3 – João é um homem que lutou contra o vício em álcool por muitos anos. Ele tentou várias vezes parar de beber por conta própria, mas sempre recaía. Certa vez João decidiu buscar ajuda de um grupo de apoio para alcoólatras anônimos e começou a frequentar as reuniões regularmente. Ele também procurou a orientação de um religioso e começou a trabalhar em suas habilidades de resiliência emocional. Com o tempo, João conseguiu superar seu vício em álcool e hoje é um exemplo inspirador de como a busca por ajuda e apoio pode levar a uma vida mais saudável e feliz.

Esses exemplos ilustram como os profissionais que cuidam da mente e do espírito desempenham um papel crucial na promoção da saúde mental e na mudança de atitudes em relação a ela. Eles trabalham para ajudar as pessoas a desenvolverem autocompaixão, resiliência emocional e habilidades de enfrentamento saudáveis. Ao oferecer suporte e orientação, auxiliam indivíduos como Maria, Ana e João a superar seus desafios pessoais e a construir vidas mais equilibradas e gratificantes.

Em suma, ao lidar com os desafios trazidos pela pandemia, e do mundo que se desenhou a posterior, e promover uma mudança de atitudes em relação à ciência e à saúde mental, é essencial adotar uma abordagem humanizada.

  • Entender o que está causando nosso bloqueio ou a nossa incapacidade de prosseguir nas tarefas que precisam realizar pode ser um processo complexo, mas existem algumas estratégias que nós podemos experimentar. Entenda o conceito, avalie como praticar e coragem: Você é capaz.
    Autoavaliação: Tire um momento para refletir sobre si mesmo e sobre as possíveis razões pelas quais você está parando. Pergunte-se se há algum medo, insegurança, falta de motivação ou falta de clareza em relação às tarefas que está enfrentando.
  • Identifique os obstáculos: Identifique os fatores externos ou internos que estão atrapalhando o seu progresso. Isso pode incluir distrações, falta de habilidades ou recursos necessários, sobrecarga de trabalho, falta de organização, entre outros.
  • Estabeleça metas claras: Defina metas específicas e mensuráveis para cada tarefa que você precisa realizar. Metas claras podem fornecer uma direção mais definida e ajudar a manter o foco.
    Divida as tarefas: Às vezes, a sensação de paralisação surge quando uma tarefa parece muito grande ou esmagadora. Divida as tarefas maiores em partes menores e mais gerenciáveis, estabelecendo marcos intermediários ao longo do caminho.
  • Desenvolva um plano de ação: Crie um plano detalhado para cada tarefa, estabelecendo uma sequência de ações específicas que você precisará executar. Ter um plano estruturado pode ajudar a reduzir a sensação de sobrecarga e fornecer um roteiro claro para o progresso.
  • Busque apoio: Compartilhe seus desafios com amigos, familiares ou colegas confiáveis. Às vezes, discutir suas preocupações ou pedir conselhos pode trazer uma nova perspectiva ou fornecer suporte emocional necessário.
  • Gerencie o seu tempo: Use técnicas de gerenciamento de tempo, como a técnica Pomodoro (trabalhar em blocos de tempo específicos, seguidos por intervalos curtos de descanso) para aumentar a sua produtividade e evitar a procrastinação.
  • Enfrente o medo ou a insegurança: Se o bloqueio que você está enfrentando é causado por medo ou insegurança, tente identificar a origem desses sentimentos e enfrente-os de maneira gradual. Lembre-se de que o progresso muitas vezes envolve assumir riscos e enfrentar desafios.
  • Cuide de si mesmo: Certifique-se de cuidar da sua saúde física e mental. Descanse adequadamente, mantenha-se ativo, alimente-se bem e reserve tempo para atividades de lazer. Uma mente e um corpo saudáveis ​​podem ajudar a aumentar a sua energia e disposição.
  • Se necessário, procure ajuda profissional: Se você sentir que o bloqueio persiste e está afetando significativamente a sua vida, considere buscar a orientação de um terapeuta, coach ou profissional de saúde mental. Eles podem ajudá-lo a explorar questões mais profundas e fornecer estratégias personalizadas para superar o bloqueio.

Lembre-se de que cada pessoa é única e pode enfrentar desafios diferentes. Portanto, pode ser útil experimentar diferentes abordagens. Seu tempo para mudança começa agora.



Eduardo Sguario dos Reis

Mané por opção, gateiro raiz e democrata convicto. Tem as pessoas em primeiro lugar. Gosta do debate, do contraditório e de novas idéias.

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