Major Clarissa Dias Soares assume comando do 22º Batalhão da Polícia Militar

08 de março de 2023

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Ela é a primeira oficial mulher a comandar uma unidade operacional na Grande Florianópolis. O Batalhão conta com um efetivo de aproximadamente 150 pessoas e é responsável pela segurança pública de toda a área continental da Capital.

Apesar de ter apenas 42 anos, possui um extenso currículo, em que se destacam oito anos na assessoria do comandante geral, quatro deles no Centro de Comunicação e outros quatro na Ajudância Geral. Estas experiências lhe proporcionaram uma visão ampla da estrutura e também das demandas comunitárias, que pretende utilizar à frente da unidade.

Metas – Nos últimos 10 anos, destaca a nova comandante, houve uma mudança importante na segurança da área continental, com a queda drástica dos índices de criminalidade. “Alcançamos graus de excelência em vários quesitos. Noventa por cento das notificações geradas hoje no 190 são atendidas.”

Uma região que ainda gera preocupação está localizada no entorno da Via-Expressa, abrangendo parte de Capoeiras, onde os moradores pretendem criar dia 14 uma associação de bairro exatamente para garantir maior segurança. “É uma área que vai receber atenção maior”, afirma Major Clarissa.

A melhora dos indicadores registrada no decorrer dos últimos anos, acrescenta ela, permite intensificar o trabalho preventivo e ações contra a violência da mulher, por exemplo. “A segurança publica é algo construído pelo Estado junto com os cidadãos”, observa, ressaltando a intenção de trabalhar de forma integrada com o município e os órgãos e entidades ligadas à área.

Machismo – Indagada sobre o preconceito, Major Clarissa responde que isto “sempre tem”. “Algumas pessoas ficam incomodadas pela posição que vem sendo conquistada pelas mulheres, mas na raça e na coragem se consegue enfrentar resistências internas e externas”, garante.

Atualmente, menos de 10% do efetivo da PMSC é formado por mulheres, apesar de a lei definir este percentual no concurso de ingresso na corporação.

“Há hoje uma proposta para elevar a 20% a proporção no ingresso ao quadro, de modo que aos poucos seja possível alcançar o mínimo de 10% de mulheres na Polícia Militar”, observa a nova comandante.