O Poeta do Bairro Abraão
Nesta segunda-feira, o Poeta Zininho completaria 88 anos. Como não custa sonhar, se estivesse vivo hoje poderíamos encontrá-lo jogando conversa fora na Mercearia do Ori, já que outros redutos que frequentava, como a Petiscaria do Manau, desapareceram junto com o crescimento do bairro.
Talvez pudéssemos encontrá-lo também em frente ao Conjunto Habitacional América do Sul, que depois ganharia o seu nome. Foi lá que passou a residir em 1979, quando trocou o Bom Abrigo pelo Abraão, começando ali uma relação de amor que perduraria até a sua morte em 5 de de setembro de 1998.
Morava no bloco Argentina. Cada edificação levava o nome de um país sul-americano. Moradores tinham como endereço Brasil, Chile, Bolívia, Venezuela, Uruguai e outros países vizinhos.
Até hoje dona Ivete – esposa do Poeta – mora no local, junto com uma das filhas e netos.
Como não é possível voltar no tempo, o melhor a fazer é matar um pouco da saudade participando da homenagem que será feita nesta segunda-feira no reduto do samba e choro Qualé Mané, na Praça Olívio Amorim, 150, Centro. Os sambas do Poeta, bem como músicas de compositores que o inspiraram, serão cantados pela filha Cláudia Barbosa, acompanhada pelos demais integrantes do “Quarteto Desterro”: Alvaro Fausane (violão de 7), Pedro da Costa (flauta) e Alvaro Guimaraes (pandeiro).
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