Continua a mortandade de peixes e crustáceos, como siri, na orla do Continente
Nesta segunda-feira, dia 18, centenas de siri apareceram na Praia do Abraão. “Eles pareciam estar pedindo socorro, agarrados aos tubos de drenagem e subindo nos pilares do trapiche”, conta o morador Adriano Antenor Campos . Também foram verificados peixes mortos na areia.
Os pescadores acreditam que a mortandade se deve ao cultivo de algas comestíveis no Ribeirão da Ilha, que estariam se desprendendo de um dos criadouros e se espalhando pela baía. “Estou pressentindo um cheiro de calamidade ambiental no ar. Tenho cinquenta anos, nasci na beira da Praia do Abraão, e nunca vi algo parecido”, afirma Adriano. “O problema é muito sério”.
O gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA/SC, Marlon Daniel da Silva, afirma que ainda persiste a floração das algas na parte continental, que conta com o gênero Karenia, capaz de provocar a morte de peixes. De acordo com ele, não há neste momento como relacionar o que aconteceu no Abraão com o cultivo de ostras e mariscos no Ribeirão da Ilha, mas o caso vai ser verificado pelo grupo formado para verificar a poluição que atinge áreas do continente.
Ele destaca a necessidade de evitar o contato com a água do mar (banhos) e o consumo de pescados, crustáceos e moluscos.
A floração de algas ou outros organismos foi detectada na primeira semana de março e, passados quase 20 dias, o evento continua a ser verificado na orla da região continental. O grupo criado para monitorar e pesquisar o evento prossegue colotando amostras e fazendo análises.
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